John Marston. Nome forte. Um cidadão de 38 anos que vive nos últimos tempos do chamado “Velho Oeste”. Junto com o fim da famosa era, terminam também os dias de Marston como bandido, membro de uma gangue violenta que muito trabalho deu aos federais. Este é o cenário inicial de Red Dead Redemption, obra prima da Rockstar que arrecadou muitos dos principais prêmios da indústria dos games.
Considerado o melhor jogo de 2010, Red Dead parece ir muito além. É difícil imaginar alguém “vivendo” a redenção de Marston sem incluir o badalado título entre os melhores que já jogou na vida. Um enredo razoavelmente simples, mas recheado de detalhes e profundidades, prendem o jogador às animações que pontuam as equilibradas e divertidas missões ao longo das muitas horas de jogo.
John é uma espécie de ex-bandido (se é que isto é possível) que tenta construir uma vida digna: esposa, filho e fazenda. Conhecido por seus dotes como pistoleiro, logo é acionado pelo governo para fazer uma caçada a alguns de seus antigos companheiros de crime. Homens perigosos, com os quais somente John Marston pode lidar. Assim, os agentes do governo sequestram sua família e exigem que o agora fazendeiro parta em busca de seus antigos colegas. Durante a caçada, Marston faz amigos, inimigos, participa de revoluções, roubos, salvamentos, execuções, enfim, de todos os ingredientes muito vividos por personagens de John Wayne e Clint Eastwood. Tudo isto com excelentes gráficos e músicas realmente impactantes.
Embora a trama seja o foco, Red Dead é brilhante também como game. Os mais ansiosos, que optarem por pular todas as cenas de diálogo, também irão curtir demais o jogo. Duelos, perseguições a cavalo, jogos de cartas, desafios de caça e o temível Dead Eye (“poder” de John Marston que o permite enxergar em câmera lenta) garantem o clima.
Exclusivo para PS3 e XBOX 360, Red Dead Redemption deixou boa parte dos “gamers de PC” com água na boca. Foi uma espécie de “vingança” dos fãs de consoles, que há anos veem títulos sensacionais sendo lançados somente para os computadores.
—
Artigo por Fernando Menucci – Jornalista e professor de matemática, combina letras e números com maestria quando o assunto são as diversões nerds que aprecia.
Comentários