TRANSFORMERS 4 – A ERA DA EXTINÇÃO é um filme razoável que vai bem até um certo ponto, pois Michael Bay estranhamente resiste a tentação de exagerar e explodir tudo a cada segundo, mas ele cede a essa tentação em uma grande batalha em uma cidade que se torna cansativa ao extremo. O filme está em fase de pré-estreia esse fim de semana e só será lançado oficialmente no dia 17 de julho em grande circuito.
Desta vez, os Transformers estão escondidos e em fuga, pois o sentimento anti-alienigena que surgiu após a batalha de Chicago há 5 anos, deixou um ar de paranoia no mundo. Os Transformers encontrados são atacados e revendidos aos governos interessados. Nos Estados Unidos, os militares criaram a equipe de operações negras “Vento de Cemitério” para caçar os alienígenas mecanóides. Apesar dos Autobots terem salvado a Terra algumas vezes, os militares alegam caçar Decepticons e não vêem diferença entre as facções do bem e do mal de Cybertron. Além disso, um novo vilão mecanóide acompanha as operações com uma agenda obscura. Optimus Prime se disfarça como um caminhão velho, mas está inconsciente até ser achado pelo inventor fracassado Cade Yeager (Mark Wahlberg) e sua filha. A família desperta Optimus acidetalmente, mas ele não sabe o que aconteceu com os Autobots.
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O Vento de Cemitério encontra Optimus e as pistas para o desaparecimento dos Autobots começa a se tornar mais sinistras quando revela que a empresa KSI está por trás do Vento de Cemitério e pega os corpos dos alienigens derrotados e extrair o metal mimético para criar sua versão da tecnologia Transformer. Joshua Joyce (Stanley Tucci), o industrial dono da KSI, lembra um Steve Jobs radical que deseja trazer o futuro para a humanidade às custas dos Transformers, obcecado para que o projeto Galvatron dê certo.
Apesar dos fatos acima parecerem empolgante a princípio, o filme traz boas ideias que acabam se perdendo da metade para o final de Transformers 4. Um exemplo disso é a criação de Galvatron, que os fãs mais saudosos sabem que se trata da nova versão de Megatron. O novo vilão mecanóide chamado Lock-Down tem apenas o intuito de capturar Optimus Prime e não tem conexão direta com o nascimento de Megatron/Galvatron. Isso mesmo, apesar do melhor e mais clássico oponente de Optimus Prime aparecer e ter seu momento na tela, Galvatron surge como um segundo oponente a ser vencido em uma trama secundária que é a desculpa para Michael Bay apertar o detonador dos explosivos que tanto estava se negando. O termo Decepticon nem é citado dessa vez. Novamente, Megatron é colocado para escanteio enquanto a trama principal que traz algo maior e mais destrutivo é colocada em movimento.
Em minha humilde opinião como cinéfilo e fã dos Transformers desde criança, confesso que dou nota 6,5 para o filme, pois Michael Bay conseguiu se segurar muito bem e trouxe até uma aventura interessante dos Transformers, porém negou mais uma vez o potencial que Megatron traria a franquia. Se o diretor remove-se por completo a trama dos “Criadores” e só se mante-se no aspecto de humanos copiando tecnologia alien para ter seus próprios Transformers bem como colocando Galvatron como o vilão central, o filme teria sido muito melhor. A origem dos Dinobots até ficou legal no filme, mas se torna totalmente dispensável a partir de um certo ponto.
Ainda digo que “Transformers, O Filme” é de longe o melhor desta franquia até hoje. É uma pena que Michael “Kaboom” Bay tenha perdido o fio da meada nesta tentativa de ressuscitar a franquia tal como ela era. Espero sinceramente que em Transformers 5 (que já estão em fase de roterização), seja melhor que este, pois a trama dos “Criadores” não tem que se estender muito.
Até o próximo filme!
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