Antes que comece a ler sobre Perdido em Marte, esqueça comparações com as recentes produções espaciais como Gravity e Interstellar. Embora o primeiro possa se assemelhar a produção de Ridley Scott, o filme se assemelha mais a ideia de um Robson Crusoé, só que perdido em um outro planeta.
A sensação de isolamento é o ponto base da história e o que seria pior que a solidão? A certeza de que, além de ter a vida em risco, em um ambiente inóspito e com racionamento contado e todas as situações contra vocês, qualquer tipo de ajuda está a milhões de quilômetros e você não tem como se comunicar.
Baseado no livro de Andy Weir, The Martian, onde nosso personagem, Mark Watney, devido a um acidente,fica preso em Marte e é dado como morto, precisa usar tudo o que tem à disposição para superar a morte certa, principalmente, sua inteligência e bom humor!
Vamos resgatar novamente Matt Damon
Acompanhamos tudo como atentos observadores de seu diário, que conta tanto no passado quanto no futuro, os seus planos e passos para o que precisa fazer para produzir comida, se proteger, e questões como conseguir oxigênio e água. Robinson Crusoe sequer precisou pensar nisso.
Além de só contar com sua inteligência, Watney também tem um ótimo bom humor, onde ele aprende a cada erro. E o que poderia desestimular a maioria, para ele, é só um momento de novo aprendizado onde tudo ele precisa contabilizar. Aliás, contar é o que ele mais faz no início, já que ele está com recursos para uma missão de 30 dias apenas.
O filme segue a mesma linha, praticamente uma transcrição do livro. Claro, há alguns momentos e detalhes suprimidos devido a linguagem da telona, compreensível. Por isso é melhor você ler o livro depois de ver o filme (ultimamente, tenho feito isso até com Game of Thrones). Assim, você enriquece a experiência da obra, e não o contrário.
As partes em que focam na Terra parecem maçantes se comparadas com o esforço do nosso náufrago em Marte. Ficamos ansiosos para que a história logo volte para o planeta vermelho e ver o que Watney está aprontando e fazendo.
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Claro, tem uma ou outra escorregada científica na trama que, no momento, te faz torcer o nariz (ainda mais para os que são cri-cri em ciências e astronomia), mas não estraga o conjunto da obra, permitindo uma boa diversão além de conhecer detalhes da anatomia de Marte.
Para o filme, eu dou uma nota 8.5, e o livro, 9!
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