Adoro filme de conspiração e tramas governamentais. Desde a época do Arquivo X, e suas tramas e subtramas entre as esferas do poder americano, a série criada por Chris Carter me cativou. De lá pra cá, além dos jogos como Illuminati, lançada pela Steve Jackson Games para o sistema GURPS (nunca joguei, comprei só para ler mesmo), e até o divertido RED com Bruce Willis, que assisto enquanto escrevo esta resenha.
Então, quando surgiu o personagem Bourne, criado por Robert Ludlum, nos cinemas, não pude deixar de assistir. Fomos em equipe: eu, Gloreta – a esposita nerd, JP e Davinito para acompanhar esse que seria mais um novo filme sobre Bourne: O Legado Bourne.
Já de início vou dizer para vocês que duas palavras definem este filme: denso e tenso. Estrelado por Jeremy Renner, Rachel Weisz, Edward Norton, a trama mostra a repercussão da exposição do projeto Treadstone por Jason Bourne no filme Ultimato Bourne. Fiquem avisados nerds, que um spoiler ou outro pode estar escondido entre as linhas deste texto, leia com discrição se ainda não assistiu ao filme 😉
Para quem não viu a trilogia original, personagem vivido de forma magistral por Matt Damon, O Legado Bourne funciona como um novo início, permitindo que mais pessoas embarquem na trama e, ao mesmo tempo, incentivando assistir as obras anteriores. Gloretta já disse que quer ver tudo para ficar por dentro.
Bem, no Legado eu vejo os passos para formar uma nova trilogia, o que explica a necessidade do filme de ser mais lento, técnico e detalhista. Apesar de ainda fazer parte do universo Bourne, criado por Ludlum, ele agora está expandido, com muito mais detalhes e porquês de muito do que víamos nos outros filmes: afinal, o que é esse programa no qual Jason Bourne foi criado? Só para descobrirmos que são programas! No plural!
E enquanto acompanhamos a formação do agente Aaron Cros (Jeremy Renner), topamos com um ou outro detalhe do passado de Bourne no campo de treinamento e somos conectados ao terceiro filme, com um ou outro flash de cenas do assassinato do jornalista ou a corrida para capturar Bourne, gerando a ligação e justificativa para o Legado.
Este poderia ser um filme a parte, com um título próprio. Mas assim, como todos sabemos, perderia a conexão com com todo o universo Bourne que ficamos acostumados nos últimos anos. Será que teremos um “Cross” no título do próximo filme?
Com Jeremy Renner no papel principal do super agente matador foi engraçado não conseguir deixar de pensar que estava vendo um filme da origem do Gavião Arqueiro, antes de ingressar nos Vingadores. 🙂 Também gostei do papel dado a Edward Norton, que com sua característica atitude séria, encarnava o personagem obstinado em capturar o novo Bourne. Rachel Weisz estava ótima como parceira romântica e sua cientista mostra que não vai ficar muito tempo na dependência do superagente e que sabe também quando agir.
Resumindo nerds, assista ao O Legado Bourne como quem aprecia um bom livro de conspiração: atento aos detalhes. Recomendo a todos assistir e rever todos os filmes da série.
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