RONAL, O BÁRBARO – Resenha da animação

Ronal, o Bárbaro (Ronal Barbaren, 2011) é um filme dinamarquês de animação gráfica dos diretores Thorbjørn Christoffersen, Kresten Vestbjerg Andersen e Philip Einstein Lipski que não deve em nada as produções americanas da Pixar ou Dreamworks. A narrativa trás o conto do atrapalhado bárbaro Ronal, que é completamente o oposto da tradição de guerreiro de sua tribo – “os Filhos de Crom” – que, após falhar como vigia em noite de comemoração, deixa sua vila ser atacada pelo perverso Principe Volkadur. O vilão deseja despertar o demônio que o lendário Crom matou com sua espada e para isso precisa do sangue dos bárbaros, porém, pela sorte do destino, Ronal é descartado e agora se vê na obrigação de salvá-los.

Ronal é um jovem bárbaro com baixa auto-estima e contra violência, o oposto de todos os outros integrantes de sua aldeia. Mas como acontece com todo bom covarde, a responsabilidade de salvar toda a tribo cai em suas mãos. Unindo forças ao bardo metaleiro Alisberti, a Escudeira Zandra e o afeminado elfo Elric, devem agora achar a única coisa capaz de impedir o demônio de despertar, a espada dos deuses que pertenceu a Crom, o maior de todos os bárbaros. Claro que nada é o que se espera.

Esta comédia de aventura e fantasia foi desenvolvida para ser uma paródia de Conan com os filmes de fantasia e magia da década de 1980, sem falar que faz graça com as regras de classes e raças de personagens do RPG Dungeons and Dragons. A animação é competente e impressiona pelo refinamento que envolve a maneira para contar a história. A trilha sonora, basicamente, é heavy metal, com música épica característica dos filmes do gênero.

Todos os personagens apresentado são bem desenvolvidos e cativam pelas atuações dos atores que emprestam suas vozes a eles que incluem: Thure Lindhardt, Lars Bom, Ole Ernst bem como veteranos do gênero de fantasia e feitiçaria como Brigitte Nielsen and Sven-Ole Thorsen, Lars Mikkelsen e Rune Klan nas vozes originais em dinamarquês. Na dublagem americana temos Ben Bledsoe, Dee Snider, Pierce Cravens e Louis Lombardi.

Com diversos pontos altos no roteiro dignos de qualquer filme épico, Ronal – o Bárbaro dá um show de competência e humor, bem como trás surpresas nos pós-créditos que envolve as caveiras metaleiras.

Sugestão nerd para suas tardes em que o jogo de RPG não foi pra frente, chame os amigos para boas risadas. Confira abaixo o trailer da animação e um pequeno trailer musical.