Que jogue fora a primeira miniatura o nerd/geek que nunca viu uma série. Impressionante como esses programas começaram a influenciar a cultura pop e, consequentemente, o universo nerd. Os filmes, livros e games já não eram mais o suficiente para alimentar a sede por entretenimento, então as adotamos.
Nesse post venho dividir com vocês a minha visão sobre o sucesso delas. Separei algumas séries icônicas e inclusive alguns traços que vêm se reciclando, quase que como uma fórmula de sucesso! Afinal de contas, quem nunca se viu, repetindo pro amigo: “Penny, penny, penny” ?
Falarei sobre Seinfeld (90-98), Friends (94-04), How I met your mother (05-hoje) e The Big Bang Theory (07-hoje). Com todos os amigos viciados em série com quem eu conversei, essas quatro séries sempre são citadas com méritos de sobra e, por serem de épocas diferentes, achei bem legal fazer essa comparação. Então, vamos lá!
Seinfeld, foi uma das maiores séries de sucesso da história. Na época foi algo chocante, pois foi uma das primeiras – se não a primeira – série a falar sobre nada! Isso mesmo, ela era sobre o cotidiano de 4 amigos nova iorquinos sobrevivendo à Grande Maçã. Esse seriado foi um reflexo fiel de maneirismos americanos e da cultura pop da década de 90.
Enquanto Seinfeld estava no auge, mal sabíamos que outro marco da TV estava nascendo. Da mesma maneira, Friends era um seriado sobre o cotidiano de amigos, a diferença era que o grupo era um pouco maior e se dividia igualmente em gênero (3 mulheres e 3 homens). Foi uma das primeiras séries a possuir um nerd clássico: Ross Geller, o paleontólogo e amante de dinossauros.
How I Met Your Mother é considerada por muitos a sucessora espiritual de Friends. As semelhanças são muitas e acho que nem há a necessidade de apontá-las de tão óbvias. Ainda assim possui um roteiro diferente baseado em flashback do cotidiano do pessoal. Destaque para a atuação inenarrável de Neil Patrick Harris, como o mulherengo Barney Stinson. Melhor personagem do seriado, hands down.
E por último, o seriado que foi a redenção de muitos nerds que foram alvos de bullying durante anos. O show que consolidou o nerd/geek como algo que deve ser valorizado, independente de suas habilidades e características.
The Big Bang Theory é o reflexo de uma nova cultura que deixou (um pouco) de valorizar coisas fúteis e começou a se preocupar com coisas como o meio ambiente, saúde e, no caso do seriado, o intelecto. Da mesma forma que os anteriores, é focado no cotidiano de seus personagens, com a diferença do emprego de cada um: de garçonete à físico teórico.
Uma consequência que os seriados em geral e esses icônicos, especialmente, têm em comum é a capacidade de gerar perguntas, respostas, brincadeiras, movimentos e todo o tipo de interação que se torna um bordão. Em Seinfeld, temos a inigualável maneira do Kramer ao entrar no apartamento, em Friends, Joey tem resultados infalíveis ao cantar uma menina dizendo “How you doin’ ?”, tudo para Barney é “Legen… wait for it… DARY!” e hoje em dia ao pregarmos uma peça dizemos “BAZZINGA!”.
Outra semelhança interessantíssima é o lado nerd nos seriados. Que a gente já sabe que de nerd e louco todo mundo tem um pouco não é novidade, mas poucas pessoas sabiam que em cada episódio de Seinfeld, aparece uma miniatura ou imagem do Superman. Quanto aos outros programas, o gosto é unanimidade: há um episódio de Friends em que a Rachel se veste com o famigerado biquíni dourado da Princesa Leia; em How I Met Your Mother, Barney, Marshal e Ted afirmaram diversas vezes serem fãs de Star Wars, mas só o mulherengo tem uma réplica em tamanho real de um Stormtrooper na sua sala; e pra finalizar eu acredito que não precise falar nada sobre The Big Bang Theory e os inúmeros sabres de luz, gibis e noites de Halo e Rockband que presenciamos.
